A explosão solar ocorreu às 05h15 BRT (hora de Brasília) próxima à região da mancha solar 1719 e foi detectada inicialmente pelo satélite GOES-13 como um flare de magnitude M6.5 no espectro de raios-x.
Imagens feitas pelo telescópio solar SOHO mostram que parte das partículas de alta energia (prótons) atingiu diretamente o CCD do telescópio instantes após o evento.
Modelos de previsão de propagação indicam que as partículas ejetadas estão viajando a 3.6 milhões de km/h (cerca de 1000 km/s) e tocarão a alta-atmosfera da Terra na tarde do sábado.
Com o choque, espera-se um aumento substancial da atividade geomagnética que poderá atingir o nível moderado G2 e elevar o nível KP para 6 ou 7.
Consequências
Com a chegada e impacto das partículas carregadas, sistemas de potência localizados nas altas latitudes poderão experimentar alarmes de variações de voltagem e até mesmo danos em transformadores caso a tormenta geomagnética se prolongue por muito tempo.
Também são previstos blecautes de radiopropagação em altas frequências (HF) e possíveis formações de auroras polares próximas à latitude de 55 graus ao norte ou sul do equador.
No espaço, o choque das partículas aumenta do arrasto nas camadas mais altas da atmosfera e influenciam diretamente na altitude dos satélites de órbita baixa, que poderão requerer manobras corretivas de orientação.
Sistemas de orientação por satélites (GPS) ou radiolocalização também poderão experimentar falhas momentâneas.
É muito importante lembrar que apesar de intensas, as explosões solares não causam riscos à saúde.
Arte: No topo, imagem captada pelo telescópio solar SOHO mostra o momento da ejeção de massa coronal. Na sequência, vídeos mostram a animação do evento e a propagação das partículas em direção à Terra. Créditos: NOAA/SWPC, NASA/ESA/SOHO, Apolo11.com.